Offline
Expectativa de vida do brasileiro ao nascer é de 76,3 anos em 2018, diz IBGE
28/11/2019 10:56 em Todas

Dado foi divulgado nesta quinta-feira (28) representa alta de mais de 3 meses e 4 dias em comparação com a expectativa de vida observada em 2017, que era de 76 anos.

Por G1

 

A expectativa de vida ao nascer dos brasileiros era de 76,3 em 2018, de acordo com dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (28). São 3 meses e 4 dias a mais que a projeção feita em 2017, o que corresponde a uma alta de 0,4%.

 

Esse estimativa vem crescendo desde 1940. Naquele ano, a expectativa de vida do brasileiro ao nascer era de apenas 45,5 anos, ou seja, os brasileiros hoje vivem, em média, 30,8 anos a mais do que em meados do século passado.

 

Expectativa de vida do brasileiro ao nascer (1940 - 2018)

 

Brasileiros nascidos em 2018 viverão, em média, quase 31 anos a mais do que os de 1940

 

 

O IBGE destaca que essa expectativa de vida muda conforme o ano de nascimento da pessoa, ao que se dá o nome de "projeção de sobrevida". Por exemplo, quem tinha 30 anos completos em 2018 terá um tempo médio de vida diferente de quem nasceu naquele ano.

 

 

  • Aos 30 anos: 48,7 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de 78,7 anos
  • Aos 40 anos: 39,5 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de 79,5 anos
  • Aos 50 anos: 30,7 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de 80,7 anos
  • Aos 60 anos: 22,6 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de 82,6 anos
  • Aos 70 anos: 15,3 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de 85,3 anos
  • Aos 80 anos ou mais: 9,6 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de 89,6 anos ou mais

 

Maior longevidade feminina

 

Para as mulheres, que tendem a viver mais tempo que os homens, a expectativa aumentou de 79,6 anos em 2017 para 79,9 anos em 2018. Já para os homens aumentou de 72,5 para 72,8 anos no mesmo período.

 

O IBGE destacou, no entanto, que essa diferença da expectativa de vida entre homens e mulheres é mais acentuada conforme a faixa etária, fenômeno chamado de "sobremortalidade masculina”. Em 2018, um homem com idade entre 20 e 24 anos tinha 4,5 vezes menos chance de chegar aos 25 anos que uma mulher.

 

“Esse fenômeno pode ser explicado por causas externas, não naturais, que atingem com maior intensidade a população masculina”, explica o pesquisador do IBGE Marcio Minamiguchi.

 

O pesquisador enfatizou que esse fenômeno não era observado em 1940 com tanta evidência. “A partir de meados da década de 80 as mortes associadas às causas externas passaram a desempenhar um papel de destaque. É um fenômeno proveniente da urbanização e inclui homicídios, acidentes de trânsito e quedas acidentais, entre outros”, disse.

 

 

 

Também conhecido como "esperança de vida", o dado informa quanto devem viver, aproximadamente, os indivíduos nascidos em um determinado ano – desde que mantidas as mesmas condições observadas no ano de seu nascimento.

 

Catarinenses vivem mais, maranhenses, menos

 

Fatores regionais também interferem na expectativa de vida, conforme apontou o IBGE. Para ambos os sexos, a maior estimativa ao nascer foi observada em Santa Catarina, onde chega a 79,7 anos - 3 anos e 4 meses a mais que a média nacional.

 

Outros estados com expectativa acima dos 78 anos são o Espírito Santo, São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul.

 

No outro extremo, a população com menor expectativa de vida está o Maranhão, com 71,1 anos, seguido pelo o Piauí, com 71,4 anos.

 

Ou seja, para uma criança nascida no Maranhão espera-se que ela viva 8,6 anos a menos que uma criança nascida em Santa Catarina.

 

 

 

 

Idoso Jesus Fonseca esperando ônibus em Macapá — Foto: Caio Coutinho/G1

Idoso Jesus Fonseca esperando ônibus em Macapá — Foto: Caio Coutinho/G1

 

 

 

Confira mais no G1 Notícias.

COMENTÁRIOS