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PF cumpre mandados em BH e outras três cidades em operação que investiga tragédia de Brumadinho
16/04/2019 16:59 em Todas

Casa do presidente afastado da Vale, Fabio Schvartsman, foi alvo das buscas em ação para apreender documentos, mídias e outros materiais. Vale diz que contribui com as investigações.

Por G1 Minas — Belo Horizonte

 

 

                                                                              PF cumpre mandados em operação que investiga tragédia de Brumadinho

 

 

Foram cumpridos na manhã desta terça-feira (16) cinco mandados de busca e apreensão referentes às investigações sobre a tragédia de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Além da capital mineira, os mandados foram cumpridos nas cidades de Nova Lima (MG), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).

 

De acordo com a Polícia Federal, a ação teve o objetivo de apreender documentos, mídias e outros materiais. A casa do presidente afastado da Vale, Fabio Schvartsman, foi um dos alvos das buscas, em São Paulo.

 

A mina do Feijão na região de Córrego do Feijão, em Brumadinho, dois dias depois do rompimento da barragem da Vale. — Foto: Douglas Magno/AFP

 

 

 

Em 25 de janeiroa barragem da Mina Córrego do Feijão se rompeu, matando centenas de pessoas e contaminando o Rio Paraopeba, um dos afluentes do Rio São Francisco. Os rejeitos devastaram a área administrativa da mineradora, incluindo o refeitório, onde muitos trabalhadores almoçavam.

 

De acordo com último balanço da Defesa Civil, 229 mortes foram confirmadas e 48 pessoas estão desaparecidas.

 

Em Nova Lima, São Paulo e Rio de Janeiro foram cumpridos três mandados de busca e apreensão - um em cada cidade. Na cidade mineira, o endereço-alvo é o da Mina das Águas Claras, onde funciona uma das sedes da Vale. Na capital mineira, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, segundo a PF.

 

                                                                             Vale é alvo de mandados em BH, Nova Lima, São Paulo e Rio

 

 

Os mandados foram expedidos pela 9ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte.

 

Em nota, a Vale informou que “tem apresentado, desde o momento do rompimento da barragem, todos os documentos e informações solicitados voluntariamente e, como maior interessada na apuração dos fatos, continuará contribuindo com as investigações".

 

Funcionários da Vale presos deixam penitenciária. — Foto: Reprodução TV Globo

 

 

 

Investigação

 

Desde o rompimento da barragem, 13 investigados chegaram a ser presos, mas todos já deixaram a cadeia. Onze deles são funcionários da Vale e dois da TÜV SÜD, empresa de consultoria que atestou estabilidade da estrutura de Brumadinho.

 

Em 13 de março, o presidente afastado da mineradora, Fabio Schvartsman, prestou depoimento à Polícia Federal. Ele se afastou do comando da mineradora em 2 de março. O conselho de administração da companhia aprovou o afastamento, e a decisão foi tomada após a força-tarefa que investiga o rompimento da barragem da Vale recomendar o afastamento dele e de outros 13 empregados da mineradora.

 

Em 14 de março, foi a vez do diretor afastado Gerd Peter Poppingada mineradora Vale, prestar depoimento na Superintendência da Polícia Federal em Belo Horizonte.

 

 

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