Cineasta José Mojica Marins, o Zé do Caixão, morre aos 83 anos em SP
20/02/2020 10:21 em Todas

Primeiro cineasta de terror do Brasil, o também ator, diretor e roteirista José Mojica Marins, o Zé do Caixão, morreu aos 83 anos, nesta quarta-feira, 19, em São Paulo, devido a uma broncopneumonia. A informação foi confirmada pela filha dele, a atriz Liz Marins.

 

Internado desde o dia 28 de janeiro, Zé do Caixão teve o óbito constatado às 15h46, no Hospital Sancta Maggiore. O velório será realizado na quinta-feira, 20, a partir das 16h, no Museu da Imagem e do Som (MIS). Mojica deixa sete filhos.

 

Mestre do horror

 

Nascido no dia 13 de março de 1936, na capital de São Paulo e filho de artistas circenses, José ficou marcado no meio artístico como sendo a maior referência em terror brasileiro. Ao todo, ele dirigiu 40 produções e atuou em mais de 50 filmes, mas o interesse pelo gênero começou nos anos 1950.

 

Em 1964, a produção "À meia-noite levarei sua alma" cunhou de vez o famoso apelido de Zé do Caixão. O personagem, um agente funerário de unhas longas e roupas pretas que lembra um vampiro, aparece ainda nos filmes "Esta noite encarnarei no teu cadáver" (1967), "O estranho mundo de Zé do Caixão" (1968), e "Encarnação do demônio" (2008).

 

Zé do Caixão, que na verdade se chamaria Josefel Zanatas, era conhecido no exterior como Coffin Joe. O personagem surgiu, de acordo com Marins, após um pesadelo. 

 

Além do terror, gênero pelo qual foi mundialmente conhecido, Mojica também trabalhou com filmes de faroeste, drama, aventura e até filmes pornográficos. Seu primeiro longa foi A Sina do Aventureiro, de 1958. Entre seus principais filmes, além da trilogia do personagem Zé do Caixão, estão A Encarnação do Demônio, Delírios de um Anormal, O Estranho Mundo de Zé do Caixão e O Ritual dos Sádicos.

 

Além de filmes, Mojica também tem livros publicados e foi apresentador de TV. Na TV Bandeirantes ele apresentou o Cine Trash e, no Canal Brasil, apresentou o programa Estranho Mundo de Zé do Caixão. O cineasta também conquistou reconhecimento internacional, inclusive do público e da crítica dos Estados Unidos.

 

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