'A Amazônia precisa ser protegida', diz secretário-geral da ONU
23/08/2019 10:03 em Todas

Nesta quinta-feira (22), Organização Meteorológica Mundial defendeu a utilização dos sistemas de monitoramento por satélite para orientar ações contra as queimadas.

Por G1

 

Foto aérea mostra uma parcela desmatada da Amazônia perto de Porto Velho nesta quinta-feira (22) — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Foto aérea mostra uma parcela desmatada da Amazônia perto de Porto Velho nesta quinta-feira (22) — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

 

 

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse nesta quinta-feira (22) estar profundamente preocupado com os incêndios florestais na floresta amazônica. Ele reforçou que não podemos mais arcar com os danos para uma das maiores fontes de oxigênio e biodiversidade.

 

 

A presidente da Assembleia Geral da ONU, María Fernanda Espinosa, também falou sobre o assunto. Ela citou incêndios florestais pelo mundo e cobrou ações urgentes, dizendo que as florestas são cruciais para enfrentar a mudança do clima.

 

Além disso, a organização publicou um vídeo tratando especificamente das queimadas e como elas afetam não só a flora e a fauna no local dos focos de incêndio, mas também os efeitos que elas produzem na vida de pessoas que vivem longe de onde elas acontecem.

 

 

 

 

 

Nesta quinta, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à ONU, divulgou comunicado no qual faz um alerta para o impacto dos incêndios florestais na mudança do clima e defende a utilização dos sistemas de monitoramento por satélite para orientar ações contra as queimadas.

 

 

A jovem ativista sueca Greta Thunberg, que está velejando do Reino Unido a Nova York para uma cúpula climática da ONU, disse que "nossa guerra contra a natureza deve acabar".

 

 

Pelo mundo, a imprensa deu destaque para o aumento do número de incêndios que foi detectado na Amazônia em suas manchetes. Assista no vídeo abaixo:

 

Queimadas na Amazônia repercutem na imprensa internacional

 

Imagens da Nasa

 

Brasil e países vizinhos sofrem neste mês de agosto com o aumento das queimadas. A pluma dos incêndios foi vista em imagens de satélite, tanto por aqueles usados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) quanto os da Nasa, a agência espacial americana.

 

Fumaça de queimada avança sobre a Amazônia — Foto: Aqua/Nasa/Reprodução

Fumaça de queimada avança sobre a Amazônia — Foto: Aqua/Nasa/Reprodução

 

 

 

Uma área de pelo menos 500 mil hectares já foi consumida pelo fogo na Bolívia, no que já é considerado o maior incêndio de sua história recente. A nuvem de fumaça que sai de Roboré, município do departamento de Santa Cruz, chegou, inclusive, a cidades brasileiras que ficam perto da fronteira boliviana.

 

 

Autoridades peruanas informaram nesta quarta-feira (21) que uma cortina fina de fumaça pode ser vista no país andino. O fenômeno é perceptível no Peru após duas semanas de queimadas na região.

 

No Brasil, de acordo com dados do Programa Queimadas, do Inpe, o número de queimadas de janeiro a 18 agosto de aumentou 82% em comparação ao mesmo período do ano passado. Foram 71.497 focos neste ano, sendo que 13.641 ocorreram no Mato Grosso, 19% do total do país.

 

A Amazônia concentra 52,5% dos focos de queimadas de 2019, segundo os dados do Programa Queimadas.

 

Chuva preta

 

Na segunda-feira (19), o céu em São Paulo ficou encoberto por nuvens e o "dia virou noite" a partir das 15h.

 

O fenômeno estava relacionado à chegada de uma frente fria e de partículas oriundas da fumaça produzida em incêndios florestais.

 

 

Análises técnicas feitas por duas universidades mostraram que a água da chuva de cor escura, que caiu naquela noite, contém partículas provenientes de queimadas.

 

Queimadas e fumaça no dia 19 de agosto de 2019 — Foto: Rodrigo Cunha/G1

Queimadas e fumaça no dia 19 de agosto de 2019 — Foto: Rodrigo Cunha/G1

 

O deslocamento da nuvem de fumaça que chegou até São Paulo foi rastreado por diversos sistemas de monitoramento.

 

 

 

#PrayforAmazon

 

 

Taís Araújo, Leonardo DiCaprio, Lewis Hamilton e outras celebridades nacionais e internacionais usaram suas redes sociais para fazer uma campanha pela preservação da Amazônia e comentaram o número crescente de queimadas na região.

 

 

 

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