Moeda avançou mais de 1%, influenciada pela tendência de alta no exterior, na ausência de nosa notícias sobre a Previdência.
Por G1
O dólar fechou com ganhos nesta quarta-feira (24), após quase alcançar R$ 4. O mercado seguiu a tendência de alta no exterior, na ausência de novas notícias após a aprovação da admissibilidade da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara na véspera.
A moeda dos Estados Unidos subiu 1,66%, vendida a R$ 3,9862. Na máxima do dia, chegou a 3,9932. Veja mais cotações.
A última vez que o dólar fechou acima deste patamar foi em 1º de outubro do ano passado, negociado a R$ 4,01 — a uma semana do 1º turno das eleições presidênciais.
Na semana, a moeda acumula alta de 1,49%. No mês de abril, sobe 1,82% e, no ano, 2,89%.
Na véspera, o dólar caiu 0,29%, a R$ 3,9213.
Cenário externo
No exterior, dados econômicos sólidos dos Estados Unidos contrastaram com medidores de confiança fracos na zona de euro, o que manteve o dólar em alta frente a outras moedas.
Cenário local
Participantes do mercado já tinha precificado no fechamento de terça-feira a expectativa de que a proposta seria aprovada na CCJ.
Após um acordo acertado com o centrão no incício da tarde da terça-feira, no fim da noite parlamentares da CCJ votaram, por votos a 18, em favor da admissivilidade da reforma previdenciária apresentada pelo governo.
“Não tem motivos para comemoração, é só o primeiro passo, o quevai pegar é a comissão especial, onde a batalha vai ser muito mais dura”, disse à Reuters o economista de Tendência Consultoria Silvio Campos Neto.
Segundo ele, a expectativa de que o governo terá dificuldades na comissão especial e de que o texto poderá ser diluído mantém agentes financeiros posicionados defensivamente.
Nesta quarta-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comeca a organizar nesta quarta-feira (24) a articulação política para criar a comissão especial responsável pela análise do texto que muda as regras de aposentadoria.
CCJ da Câmara dá aval à reforma da Previdência, e texto segue para comissão especial
No radas dos investimentos nesta quarta-feira também estiveram os números do Caged, que reforçaram a leitura de perda de fôlego da economia neste começo de ano.
A economia brasileira fechou 43.196 empregos com carteira assinada em março deste ano, segundo divulgou o Ministério da Economia. Esse foi o primeiro resultado negativo em três meses, e o pior saldo entre contratações e demissões para meses de março, desde 2017. O resultado surpreendeu os analistas do mercado financeiro, que estimavam nova abertura de vagas no mês passado.
BC
O Banco Central vendeu o lote integral de 5.350 contratos de swap cambial tradicional ofertados nesta quarta-feira em operação de rolagem do vencimento de maio. Em 17 leilões neste mês, o BC já vendeu US$ 4,548 bilhões nesses contatos. O lote a expirar em 2 de maio é de US$ 5,343 bilhões.
O BC informou, na véspera, que começará em 2 de maio a rolagem integral dos 201.785 contratos de suap cambial tradicional com vecimento em 1º de julho de 2019.
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